Acolhimento, final de ano, eventinhos y reflexões
Olá! Talvez esta seja a última newsletter que envio em 2019. Nesse e-mail vou falar sobre os seguintes assuntos:
// Últimas feiras do ano [ Rio de Janeiro/RJ ]
// Prints Oráculo na loja virtual
// Ilustração para o Mapa do Acolhimento
// Reflexão de um artista em tempos difíceis
// Últimas feiras do ano [ Rio de Janeiro/RJ ]
Já estou com as datas marcadas para as últimas feiras que farei neste ano, ambas na cidade do Rio de Janeiro. Se você não mora no Rio, pula o texto mais pra baixo na parte sobre a loja virtual ;)
14/12 [sábado]
FEIRA CARROCINHA | [ página do evento no Facebook | Instagram ]
14h às 20h | Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica
Rua Luís de Camões, 68 - Centro.
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21/12 [sábado]
FEIRA FLUIDA | [ página do evento no Facebook | Instagram ]
13h30 às 22h | Centro de Arte Maria Teresa Vieira
Rua da Carioca, 85 - Centro.
As feiras são uma oportunidade mais garantida de ter sua compra
em mãos até o Natal. Vem me ver!
// Prints Oráculo na loja virtual
Atualizei o estoque das prints do Oráculo na loja virtual! Para ver as ilustrações que tenho disponíveis, clique aqui. Envio com frete grátis para todo o Brasil.
Entregas de Natal e Férias da loja virtual
A loja virtual receberá pedidos até dia 16/12. Depois disso ela (e eu também, espero!) entrará de férias até janeiro de 2020.
IMPORTANTE! Pedidos comprados na loja virtual a serem entregues até o Natal: selecionar a opção de envio via SEDEX. Pedidos com frete grátis selecionado podem ser entregues somente depois do Natal por conta da alta demanda dos Correios no fim do ano.
// Ilustração para o Mapa do Acolhimento
Neste ano contribuí para o financiamento coletivo do projeto Mapa do Acolhimento com a criação de uma ilustração sobre Teresa de Benguela, que será usada numa peça a ser distribuída pela ONG.
O Mapa do Acolhimento é uma rede que conecta mulheres que sofrem violência de gênero a psicólogas e advogadas voluntárias. O projeto contou com um financiamento coletivo para ampliar sua estrutura de funcionamento.
A ilustração que desenvolvi será usada no calendário a ser entregue aos financiadores da campanha. Cada mês do calendário foi ilustrado por uma artista mulher diferente, abordando temas como visibilidade trans, descriminalização do aborto, Lei Maria da Penha, entre outros. Eu fui responsável pelo desenho do Dia da Mulher Afro-latino-americana e caribenha, que também é o Dia Nacional de Teresa de Benguela.
// Reflexão de um artista em tempos difíceis
Foi participando de uma feira de arte independente em Niterói que conheci o Alberto Pereira. Ele chegou na minha mesa, conversou comigo, comprou uma print minha. E me disse que também era artista. Não sei se ele me deu um cartão ou se eu anotei o instagram dele, mas sei que, quando fui ver o trabalho do Alberto na internet, fiquei muito honrada.
Alberto Pereira explora a rua como plataforma de expressão, e usa o lambe lambe como técnica. Suas fotomontagens são críticas agudas às questões sociais e culturais brasileiras, sobretudo ao racismo.
Gosto de acompanhar também os textos que Alberto publica eventualmente nas suas redes, sempre com um olhar muito sensível. Semana passada, Alberto publicou uma reflexão sobre as temáticas que rondam a produção artística durante períodos de tensão e violência:
O mundo tá tão doente que, se você é artista, pretx e sente-se na urgência de fazer uma arte mais politizada, só vai falar de dor o tempo inteiro.
Dor e chacina. O mais "suave" é quando não resulta em morte.
De tanto falar de dor, nós vamos ficar cheios de hematomas cá dentro.
A gente tem colocado um crachá de porta voz, mas será?
A gente toca na própria ferida e a cada vez que tocamos,
a ferida não toca o outro, mas se aprofunda na gente.
Será que o caminho é bater na própria dor pra ver se o outro sente?
Quero ir além da dor.
Enquanto os profissionais de arte são sistematicamente boicotados no atual governo (várias atividades artísticas serão impedidas de se enquadrar como MEI a partir do ano que vem), seguir produzindo arte é uma tarefa de resistência. Falar de coisas belas também. Eles nos querem tristes e apáticos.
E nós, seguiremos. Queremos ir além da dor.
Um abraço e fiquem bem,
lari.