Oi, pessoal. Espero que estejam bem.
Nesta newsletter eu vou falar sobre os seguintes assuntos:
Vai ter MOTIM
Reposição Panões e Bandeiras
Editora Imaginária e as capas de livro que eu quero fazer
Gal, obrigada por tanto
Vai ter MOTIM
Neste final de semana participarei da feira do MOTIM - Mercado de Produção Independente, que acontecerá no CONIC. Serão mais de 90 expositores, artistas e editoras independentes participando da feira.
O MOTIM é muito especial pra mim. É um evento que reúne vários artistas que admiro muito. Desde o hiato pandêmico, fazia anos que não participava. Poder voltar a estar presente fisicamente me deixa muito feliz.
QUANDO?
Dia 19/11 - das 11h às 19h
Dia 20/11 - das 11h às 18h
ONDE?
Conic - Setor de diversões Sul
Próximo à Rodoviária do Plano Piloto
BRASÍLIA/DF
Entrada franca.
Vou levar panões, baralhos ORÁCULO, prints. Vem ver a gente!
Reposição Panões e Bandeiras
Tem reposição de bandeiras & cangas na loja virtual!
Mas é daquele jeito microempreendedor de sempre: poucas unidades disponíveis.
Nem todos modelos de tecidos impressos foram atualizados no estoque virtual, e explico: reservei algumas peças para vender presencialmente na feira do MOTIM em Brasília.
Se você for de outra cidade, dê uma olhada na loja para ver os modelos disponíveis ;)
Envio para todo o Brasil.
Editora Imaginária e as capas de livro que eu quero fazer
Há algum tempo tenho a vontade de ilustrar livros. Minha família próxima é de leitores ávidos. A casa dos meus pais sempre teve estantes lotadas e livros por toda a parte. Na minha família emprestamos livros uns pros outros, discutimos, comparamos opiniões. Leitura lá em casa era hábito e foi dessa maneira que aprendi. Que sorte.
Se é preciso portifólio para entrar num segmento, por que não criar um? A Editora Imaginária nasceu da vontade de unir minhas habilidades e paixões em um único projeto: e se eu pudesse recriar as capas dos livros que li e que me marcaram tanto? E se eu pudesse ilustrar esses livros com total liberdade, sem restrições de tempo, de orçamento ou de linguagem?
Sou a designer e ilustradora por trás dessa editora de faz-de-conta. A editora é fictícia, mas as ilustrações são reais :) para além do exercício criativo e da produção de um portifólio editorial, é engraçado criar um novo perfil do zero no instagram. A ideia é apenas ilustrar capas de livros que já li e que de alguma forma foram importantes pra mim. O livro que abriu a divulgação desta editora fictícia foi o The Bell Jar, de Sylvia Plath.
A menos de dois meses do final de 2022, quase perco a chance de publicar as ilustrações que fiz do livro Maíra, a tempo da comemoração do centenário de Darcy Ribeiro. Maíra é um dos livros mais lindos, sensíveis e deliciosos que eu li; certamente um dos meus favoritos.
Enquanto criava estes desenhos, revi a última entrevista de Darcy no Roda Viva, depois dele fugir do hospital pra terminar de escrever O Povo Brasileiro em sua casa de praia em Maricá. Ouvir Darcy nessa entrevista é impressionante. Ainda me emociono ao saber que existem uma ou outra pessoa desse porte entre nós.
O livro Maíra trata de uma tribo fictícia, os Mairuns, criada, segundo depoimento do próprio autor, a partir de características de diversos grupos indígenas brasileiros. Darcy Ribeiro narra a história de um índio chamado Avá que, adotado por um padre e convencido a seguir o sacerdócio, deixa sua aldeia e se muda para Roma ainda menino, absorvendo a nova cultura.
Quando adulto, Avá retorna ao seu povo, questionando sua verdadeira fé e entrando em conflito por ter abandonado suas origens. O contraste entre os valores indígenas e cristãos atravessam o drama pessoal de Avá, que se sente profundamente inadequado e busca uma reintegração de suas crenças e propósito de vida.
"Avá tenta explicar para ele e para si próprio que a tudo precisa estar atento. A verdade não está num só lugar. E não é uma coisa única. Ela está em toda parte, é múltipla, dispersa e contraditória. Deus criou o homem para conhecer-se a si mesmo, vendo-se refletido no espelho embaçado das mentes humanas. Eu, confessa o Avá, quero ver Deus nesses mesmos espelhos. Para isso preciso olhar cuidadosamente. Só assim poderei, para além das pessoas, conhecer Deus e decifrar seus desígnios. Só assim, tenho a esperança de que possa um dia alcançar o que mais quero como homem. Coisas simples que para os outros estão ao alcance das mãos, mas para mim são quase inatingíveis."
Entre uma brecha e outra, vou tocando as ilustrações reais para a Editora Imaginária, jogando pro mundo os trabalhos que eu quero muito fazer.
Gal, obrigada por tanto
"Sabe uma faca me rasgando, um mundo se acabando?
Não sei.
Gal Costa cantora, Gal Costa a mulher, a mulher terrível,
a mulher linda, a noiva, a morta, a viúva, a maravilha.
É muito difícil falar essas coisas.
Eu não sei, Gal Costa sempre me trata com choques elétricos.
Eu chego pra ver ela e não vejo ela,
e me arrebato por ela,
e me arrebento por ela
e me desarrumo por ela.
Não sei, é sempre surpreendente. Eu nunca sei o que vai acontecer.
Cada vez acontece uma coisa estranha.
Cada vez é como a vida tivesse se partindo, se começando, se acabando...
Gal Costa é muito maravilhosa."
A declaração de amor mais linda que existe tinha que ser pra Gal, essa musa venusiana eterna.
Não tinha como não retomar esse clássico aqui, declamado por Tom Zé no Programa Ensaio em 1970.
E aqui uma playlist que fiz, todinha dela.
Dona absoluta da minha rádio,
da minha vitrola,
dos meus fones de ouvido,
do meu bluetooth,
de qualquer coisa que toque sua voz,
Gal.
♥
Um abraço para quem me leu até aqui!
E quem estiver em Brasília, não esqueça: vai ter MOTIM!
lari.