Dois de Paus e Dois de Ouros

Análise e ponderação sobre obstáculos transponíveis.

Oi, gente! Desculpem a breve pausa nas newsletters sobre o processo de criação do meu Tarot. A vida aconteceu, viajei, participei de feira... Enfim, voltei :)

Chegamos no número dois dos Arcanos Menores. Neste texto, falarei deste número em dois naipes diferentes: o Dois de Paus e o Dois de Ouros.

Escolhi reunir estes dois Arcanos Menores numa única newsletter por dois motivos:

• Primeiro, eles são muito parecidos, e compará-los pode ser uma forma de compreendê-los melhor e diferenciá-los em suas singularidades.

• Segundo, estou testando o formato destas news, e achei que fazia sentido reunir a análise de alguns Arcanos Menores num mesmo texto para economia de tempo, espaço e número de cartinhas virtuais enviadas.

Dito isto, vou começar pelas semelhanças entre as cartas abordadas aqui.

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O primeiro obstáculo da jornada

Em newsletters passadas, falamos sobre como os Ases são o início da jornada de cada naipe; sendo o princípio criador, são representados pelo número 1.

Sendo assim, o número 2 rompe com a totalidade unificada do Ás e nos coloca diante de um outro. Um outro quem, ou um outro o quê: nos deparamos com uma polaridade, uma oposição ou complementação. Aqui, o outro diante de nossa jornada representa aspectos que não havíamos nos dado conta lá no início do caminho — o imprevisto, o empecilho, o atraso, o bloqueio que nos é posto pelas circunstâncias.

No Dois de Paus e no Dois de Ouros, descobrimos que a jornada iniciada apresenta percalços. E é perante as pequenas adversidades que desenvolveremos melhor nossas habilidades.

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O Dois de Paus

Dois de Paus: breve pausa para retraçar caminhos.

Após o arrebatado início dado pelo Ás de Paus, a carta nº 2 do naipe de fogo do Tarot traz imprevistos que exigem uma pausa momentânea para recalcular a rota. A metáfora do GPS ou do caminhante consultando um mapa para reavaliar o caminho é bem adequada aqui. Isto não significa que estamos completamente perdidos; apenas descobrimos, no início do percurso, que alguma via se encontra fechada e é preciso buscar alternativas — ou simplesmente inventá-las, bem no estilo do elemento Fogo. Este é o momento em que avaliamos o que já andamos, o que ainda precisamos percorrer e aonde queremos chegar.

O elemento Fogo não gosta muito de atrasos e prorrogações, mas lida bem com a necessidade de criar novos caminhos. Afinal, é o naipe da criatividade. Por isso, é preciso se manter firme no propósito e não desistir pelos pequenos obstáculos que se apresentam; nesta carta, as dificuldades são contornáveis. Basta foco e paciência ao caminhante para analisar os empecilhos e estabelecer novas rotas.

Alguém reparou que aquela panterona do Ás de Paus reaparece nesta carta numa forma mais… miúda? ;-)

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O Dois de Ouros

Dois de Ouros: habilidade para conciliar opostos.

Você passou pelo grande presente, a chance de ouro do mundo material, o Ás de Ouros. Beleza. Recursos você tem, contudo, resta saber… vale o investimento?

Ponderação, comparação, análise crítica. A dúvida em ouros é pesada em seus aspectos práticos. E o mundo material tem limites claros: se eu tenho duas moedinhas para investir, é isto tudo que tenho — nem mais, nem menos. Por isso, teme-se fazer investimentos arriscados: o medo de ter prejuízo pode atrasar o caminhante, deixando-o incerto com relação às suas escolhas.

Entretanto, nem sempre o Dois de Ouros se trata de uma escolha: às vezes, é necessário administrar dois assuntos ao mesmo tempo. O Dois de Ouros pede para desenvolvermos flexibilidade, dinamismo e jogo de cintura (características não muito confortáveis para quem prefere manter os dois pés bem firmes no chão). É preciso equilibrar pratos num exercício fino de alteridades. Agora isto, depois aquilo.

No fluxo do eterno movimento, o elemento Ouros aprende que rigidez demais atravanca a vida. Como um ramo de bambu que se curva diante do vento, curvar diante das pequenas adversidades nos protege da quebra.

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Em breve, mais uma news esmiuçando outros Arcanos.
Algum pitaco?
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lari.